Arquivo mensal: julho 2015

Das Blog

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Blog

Na minha época de Alemanha (nossa, “na minha época” parece papo de velha …) não existia internet. Dá pra acreditar? Mas nas faculdades havia computadores para consultar livros, por exemplo. Nas casas, os laptops começaram a surgir no finalzinho dos anos 80. Comecei a usar um laptop para os trabalhos da faculdade em 1990. Portanto, o meu vocabulário referente a temas ligados a informática foi ficando restrito, depois que voltei para o Brasil, conforme a tecnologia ia avançando.

A tecnologia avançava, coisas iam sendo inventadas, assim como os nomes para elas, e eu tive que correr atrás pra me atualizar. Estou sempre fuçando na internet para achar termos novos que estão sendo usados na língua (ou através de falantes nativos com os quais tenho contato).

Acabei por fazer uma pequena listinha de termos ligados à palavra BLOG. Deem uma olhada:

das Blog

bloggen

die Bloggerin

eine Seite erstellen

internetbasiert

das Blogspot

die Blogosphäre

Agora vejam só como fica a conjugação do verbo bloggen em vários tempos verbais:

http://www.verbformen.de/konjugation/bloggen.htm

Vivendo e aprendendo! Man lernt nie aus!

Der Zeh

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Dois dias passados do dia da cirurgia ainda sentia dores, claro, mas começava a visualizar uma melhora geral no meu estado.

Animada mesmo fiquei quando uma equipe de médicos veio ao meu quarto. O médico chefe vinha acompanhado de jovens estudantes de medicina e médicos. Não me lembro, sinceramente, se havia alguma mulher no grupo … meus olhos só viam médicos e mais médicos, estudantes e mais estudantes de medicina lindos *-*

Ah juventude … enfim … mas como eu ia dizendo, primeiro o médico chefe explicou o meu caso para o grupo, e pouco depois me fez umas perguntas, solicitou que eu fizesse alguns movimentos e tal. Dentre eles, pediu para eu mexer os dedos do pé. Deve ter dito mais ou menos: “Würden Sie bitte die Zehen bewegen?”, ao que eu perguntei (por não ter entendido a palavra “Zehen”, mas ter deduzido porque ele olhou para o meu pé): “Die Finger?”.

Mein Gott! Foi aí que todos olharam para as minhas mãos e eu não entendi mais nada. Ahn? “Nein, die Zehen!”, disse o médico e apontou para os dedos do meu pé. Ah, táááá … “Zehen” quer dizer dedos do pé. Como é que eu ia saber que existem duas palavras em alemão para a palavra “dedos” no português? Niemals!

die Finger = dedos das mãos

die Zehen = dedos dos pés

zehen

Nachrichten

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Vejam só que projeto interessantíssimo! Me lembrou, claro, a época que vivi na Alemanha, durante a qual conheci apenas uma alemã negra. Foi na antiga RDA (Alemanha Oriental) durante uma excursão da faculdade.

A moça era estudante também, e nos contava que sofria diariamente um estranhamento por parte dos alemães, não acostumados com a existência de alemães negros. Ela frequentemente ouvia pessoas que lhe diziam, surpresas: “Sie können aber sehr gut Deutsch!”, ao que ela respondia: “Sie auch!”.

schwarz

http://www.dw.com/pt/eles-s%C3%A3o-negros-e-alem%C3%A3es/av-18589241

Die Garderobe

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Lendo o artigo do link abaixo, me lembrei da minha surpresa quando cheguei em casas alemãs: Eine Garderobe! Eu nunca tinha ouvido essa palavra antes, muito menos conhecia “isso”!

“Die Garderobe” é um lugar na entrada das casas (na parte de dentro), onde se colocam os calçados, os casacos, cachecóis etc. Pode ser apenas uma prateleira com ganchos, uma caixa grande para os sapatos … Algumas casas que eu frequentei tinham pantufas pra gente usar, outras não. Em casas de estudantes e repúblicas ficávamos todos descalços ou de meias. Eu achava muuuuito estranho no início, mas me acostumei rapidinho, pois é uma maneira bem legal de não sujar a casa (principalmente no inverno, quando a gente chega com as botas imundas de neve, poeira, muita sujeira da rua), e nos deixa bem à vontade.

Na casa em que trabalhei (vou contar quando chegar o momento na novela da minha vida lá :)) eu tinha um sapatinho de tecido que calçava assim que chegava.

Ah, existem inúmeros tipos de Garderobe. E eles estão  presentes em outros locais também:  restaurantes, bares, teatros … mas nestes casos, não se tira o calçado, só o casaco e/ou cachecol!

garderobe

http://noticias.uol.com.br/internacional/listas/conheca-7-costumes-japoneses-que-podem-te-parecer-estranhos.htm?cmpid=fb-uolnot

Die Freiheit

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Nos primeiros meses de Alemanha estranhei, entre outras coisas já citadas aqui, um fato muito inusitado, talvez, para você que está lendo este post: nenhum homem reparava em mim na rua. Isso mesmo. NENHUM homem ficava olhando, secando, dizendo besteiras, me assediando de qualquer maneira que fosse. Não só na rua, mas em qualquer lugar que eu fosse. Minha primeira sensação: não sou mais mulher, virei um poste! Por incrível que pareça, de tão entranhado que estava o assédio vivido em pelo menos 14 dos meus quase 24 anos na época, fiquei com a pulga atrás da orelha mesmo …

Me questionei, comentei com amigos brasileiros e amigas brasileiras, e, pouco a pouco, fui aprendendo a sentir a liberdade de ser uma mulher que podia ir e vir a qualquer hora do dia e da noite sem ser importunada, que podia se vestir do jeito que quisesse, enfim, ser eu mesma, me “exercer” livremente sem ser nunca julgada!

Essa  foi uma das  descobertas que mais me  marcou na minha vida lá, e uma  das que mais sinto falta aqui, infelizmente …

corrente quebrada

Nachrichten

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Quarenta graus na Alemanha? Nos meus seis anos lá nunca vivenciei uma temperatura dessas … aliás, o verão era tão fraquinho e curtinho que nós, brasileiros, brincávamos dizendo: “Este ano o verão caiu num terça!”. Somente um dos verões que passei lá durou seis semanas, com sol e calor. Nossa, inesquecível! Os outros todos, bem curtos e interrompidos por dias frios …

Agora, 44 graus no interior de um prédio? Inédito pra mim …

parlament

http://www.dw.com/pt/calor-interdita-c%C3%BApula-do-parlamento-alem%C3%A3o/a-18562658