Finalmente chegara o dia de tirar o gesso. Que alívio seria tirar aquele peso!
Apreensiva cheguei ao hospital levada de carro por um amigo, que ficou me esperando. Entrei na sala, sentei na maca e quase morri de pavor ao ver aquela serra cortando o gesso, achando que aquilo se transformaria num filme de terror, em que a serra continua e corta a perna ao meio. Credoooo!
Claro que isso não aconteceu. Assim que a enfermeira tirou o gesso, o que vi foi uma perna bem fininha, músculos muito atrofiados. Quando levantei a perna pra sair da maca, quase caí para trás, de tão leve que ela ficou de repente.
A sensação de caminhar sem as muletas era a de uma criança reaprendendo a andar: faltava o jeito, a ginga, o equilíbrio, o foco. Que sensação mais estranha!
Era inverno. Fazia muito frio. E um perigo maior me esperava lá fora: o gelo.