Frau Santana não nasceu Frau Santana. Frau Santana foi uma construção. Nascida Olga, passou anos ouvindo o espanhol em casa. Cresceu e passou a se interessar por outras línguas: inglês em primeiro lugar; logo depois, ao mesmo tempo que iniciava a faculdade, alemão. Um grande desafio! Kein Problem! Terminando a faculdade, resolveu encarar mais um desafio: por que não continuar a aprender a língua lá mesmo? E lá foi ela pra Alemanha. Seis anos se passaram, estudando, estudando, estudando, trabalhando paralelamente, viajando, conhecendo costumes, se conhecendo … tempo inesquecível, experiências marcantes. E assim construiu-se a Frau Santana!
Então, como é que eu posso explicar pra vocês ... sempre estou contando minhas historinhas da Alemanha pra amigos, alunos, até pra pessoas que eu acabei de conhecer. Quando o assunto tem a ver, eu cito algum exemplo de experiência que tive lá. Aí pensei um dia (há bem pouco tempo): "Por que não dividir as experiências que tive com muito mais gente? Gente que já esteve na Alemanha (e vai se reconhecer em algumas histórias), gente que tem curiosidade pra saber o que tem de diferente lá, gente que tem muita vontade de ir pra lá um dia, gente que simplesmente gosta de histórias ... enfim, achei que era hora de partilhar com mais gente uma série de acontecimentos, aventuras e de detalhes da vida de uma brasileira na Alemanha. De uma brasileira que se interessou pelo Alemão justamente por ser uma língua muito diferente, com fama de "impossível de aprender". Mas como eu sempre gostei de desafios ...
O alemão! Que língua mais interessante, diferente, prática! Mas, ao mesmo tempo, que língua é essa que causa tanta estranheza nas pessoas? Pronúncia tão peculiar (sons "estranhos"), gramática elaborada, palavras GIGANTES!
Tudo isso, e mais algumas outras impressões, me levaram a estudar essa lingua profundamente. Primeiro, na faculdade; depois, na própria Alemanha, também na faculdade, mas também no dia-dia.
Primeiro, a sensação de ter um grande desafio pela frente; depois, o fascínio de descobrir a língua, entender os seus mecanismos, e toda a cultura que está ligada a ela. Por último, a paixão por tudo que a língua e o país me ensinaram: nem dá pra explicar aqui. Simplesmente um mundo novo.
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